quinta-feira, 2 de outubro de 2014

euzita bêbeda de noite a escrever coisas irreais e impossíveis 1#

Beija-me. Silencia-me com teus lábios.
Sela-me a alma com a tua.
Navega em meu corpo, e conhece cada canto, como um mapa se tratasse.
Embala-me em ti.
Deixa-me apaixonar-te com mentiras tentadoras e irreais.
Deixa-me entreter-te enquanto o mundo continua a girar.
Enquanto as crianças saltam, adultos negoceiam, e velhos rezam,
Deixa-me que conheças a lua por ti mesmo assim como toda a via láctea.
Deixa-me preencher-te com meu desejo e paixão.
Pois tu o desejas também.
Matarias por tal pecado carnal,
Como qualquer um faria.
Por isso, deixa-me ser mais uma.
Mais uma peça em teu jogo.
E no final, sorrirei.
Pois pude, por uma vez na minha vida, saber que fui tua.

domingo, 22 de junho de 2014

.

Não sei porque me levanto.
Não sei.
Sinto os dias correrem-me pelas veias, lentamente. Como se droga se tratasse.
Não sei. Não sei porque motivo ainda me levanto dia após dia.
Chegou a ponto que eu verdadeiramente quero largar tudo e desaparecer. Sem dar justificações a ninguém.
Esforço-me. Esforço-me tanto... esgadanho-me até. Embaraço-me a mim mesma. Mas sinto-me pálida.
Pálida de espírito, de mente, de corpo.
Sinto-te a fugir pela superfície de meus dedos. Aliás, sinto que verdadeiramente não tenho ninguém.
Odeio o quanto me esforço. Odeio o quanto sorrio, as piadas que digo. Odeio o quanto me esforço para me aceitarem, quando no fim todos desaparecem, como de fumo se tratasse.
Odeio o quanto ainda penso em ti. Odeio que todos os dias pense em ti e faça isso minha força.
Sinto a raiva a levar o melhor de mim, e sinto meu sangue a congelar.
Quero ser fria também para ti.  Afinal de contas ninguém beneficia de minha companhia.
Mas não consigo fazê-lo. Não consigo esquecer. Não consigo libertar malditos pensamentos.
E odeio-me por isso.
Odeio o quanto necessito de ti e nem tu fazes ideia.
Sinceramente, gostaria de desaparecer apenas para saber que ficarias bem, e que não teria de depender mais de ti.


sexta-feira, 21 de março de 2014

(...)

Tacteio o fogo. A alma aconchega-se.
Teus lábios pressionam meu pescoço, como de medo o perder se tratasse.
Tuas impressões digitais marcam-me como tua, e teus lábios selam os meus, como implorando por ousadia.
Sorrisos trocam-se, assim como olhares.
Meus lábios estão vermelhos e inchados pela ferocidade com que os devoras, e meu coração cantaroleia acelerado.
Minha língua acaricia tua orelha, e rio-me por dentro. Penso para mim mesma "não há melhor que isto".
Entre fazeres e não fazeres, oferecemo-nos um ao outro.
Melhor oferenda que alguma vez já existiu.
Mas tudo o que é maravilhoso, um dia acaba.
Foge-nos pelas mãos como areia se tratasse.
Sorrio através das lágrimas, e desvanecendo por dentro digo "-Não faz mal".
Porque para mim, nunca está mal.
Nunca dói. Nunca há algo de errado.
Podem fazer o que quiserem, que meus lábios para sempre ditarão -"Não faz mal".
E santa menina preenche seus lábios com divina curvatura.
E é então, que te oferecendo um último beijo, digo -"leva-me ou deixa-me. Não sou perfeita, mas valo a pena. Responde-me..."
E por entre fugaz nevoeiro desapareço.
Pois eu sei e sempre soube que nunca terei privilégio de ter tal resposta.
E para ser sincera? Estou apaixonada pela indecisão.

Mesmo esta dilacerando-me, pouco a pouco, a uma velocidade que arrepia até o próprio medo e luz.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Keep lying to me.
I like it so much you know.


I give up.

For everything.

Depressing shit 1#

Não costumo postar coisas tão pessoais (*cof cof* tristes) como esta, mas.... yolo.
Se te emocionas facilmente ou não queres ver um testamento depressivo e emocional, recomendo-te a não ler.

My last tear.

Por entre sussuros e beijos calados, o teu nome ecoa.
A tua alma acarícia-me, selando-me os lábios.
Sinto o cabelo a esvoaçar e escuto compasso acelarado.
Rio-me encantada. Dolorosamente encantada.
Pequena bela adormecida, oh que bela picada....
Cuidado princesa, pois bem pode ser facada.
Selo meus lábios, fecho portões.
Por aqui não entrarás - digo, estilhaçando-me.
E ele pergunta-me: -" Está tudo bem?"
Sorrio. Sorrio dolorosamente encantada.
-Faz-lo. - digo.
Ele cora e sinto respiração acelarada.
-Não sei porque hesitas - digo corada.
Pensamentos ousados partilham-se, enquanto almas se tocam.
-Cuidado -aviso
-Não queiras cair demasiado.
Sorrio divertida. Dolorosamente divertida. Dolorosamente encantada.
-Uma dama nunca deve ser demasiado apreciada.
Minha pele embate em sua face em pronunciação de dor.
-Não - digo.
Lágrimas escorrem-me pela face, e ele olha-me desconsolado.
-Desculpa fofo. Nem tudo é "hopes and dreams". É mais... "darkness and psychological shit".
Ele fixa-se em mim.
- O que queres dizer? - pergunta.
-Adeus. -susurro.
Decido oferecer o meu melhor sorriso e virar costas.
De repente sinto-o. Sinto o ar fugir-me dos pulmões. Choro.
Choro tanto que me mata, dilecera. Odeio-me com paixão nata.
Odeio sentir. Odeio dar-me a conhecer.
Rio-me através de lágrimas:
-Afinal parece que estou mesmo fudida por dentro.
Estou a rir-me e a sentir o ódio queimando-me.
Embato contra o espelho em frente e a música ecoa pelas paredes, "what's the matter? What's the matter with you lately?"
Rio-me histericamente mal sendo capaz pelo ardor:
-uau, Milo Green agora..
Arranho meu corpo, desejando que a dor me abandone, mas cada poro de minha epiderme queima como chamas no inferno.
Após duas horas, as lágrimas secam.
Ainda quero chorar,gritar,espernear,esgadanhar. Ainda quero dizer-te o quanto te odeio, assim como vice-versa.
Quero chorar. Oh se quero... Mas não há mais nada para chorar.
Não há bonitas gotículas salgadas para embelezar triste situação.
Deito-me no chão em posição fetal, como a suplicar por conforto.
-Desculpa.
Uma última lágrima escorre-me pelo lado esquerdo, encontrando por fim o meu lábio inferior.
-Que ironia - Digo.
A verdadeira tristeza vem sempre do lado esquerdo, quente e harmoniosamente transparente.
A dor vem daí.
-Afinal parece que te amo tanto que me mata.
Tento rir ,mas subitamente o meu riso transforma-se num soluço e abraço o meu corpo com tamanha força, que pequenas marcas vermelhas aparecem.
Cansada, fecho os olhos. Mas ainda tenho tenho tempo para tremelicar o suficiente e dizer:
Amo-te. E desculpa por isso.

10/03/2014.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Doce ironia.

É tão irónico como o sol,que de vez em quando espreita num dia chuvoso.
É tão frio como as grossas gotas de chuva.
É tão horrível como o pior filme de terror.
É cruel, doloroso, desconfortável,melancólico,depressivo.

E eu rio-me para disfarçar.
Eu sorrio para te agradar.
Eu levanto-me e finjo. Bonita peça de teatro infinita. E doce inocência que a permaneça.

A água não sabe ao mesmo. Nem qualquer coisa que ingira.
E eu continuo a rir-me. A rir-me com lágrimas invisíveis pela minha gentil face.

Mas que doçura de menina. Riqueza de jovem. Tão enérgica, inteligente e capaz.
Oh, mas que ironia.

Ironia viva e permanente.
E tu cantas, e eu canto.
E tu continuas a cantar e eu fico sem voz.
Cego-me pela tua luz, e fico imóvel. Oh mas que ironia, será que a doce menina morreu pela luz?
Oh mas que doce destino.

Intriga existencial deverá permanecer em ti.
Mas nada te contarei.
Pois por mais que revelarei,nunca me conhecerás de verdade. Ninguém o faz, nem mesmo tu.
Doce doce ironia, cuidado, não queiras afectar tão iluminada criatura.
Deixemos a verdadeira luz brilhar, e os meus pequenos raios se apagarem.

Mas que doce doce ironia.
Menina pequenina,que doce e iluminada morte tiveste.