quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Doce ironia.

É tão irónico como o sol,que de vez em quando espreita num dia chuvoso.
É tão frio como as grossas gotas de chuva.
É tão horrível como o pior filme de terror.
É cruel, doloroso, desconfortável,melancólico,depressivo.

E eu rio-me para disfarçar.
Eu sorrio para te agradar.
Eu levanto-me e finjo. Bonita peça de teatro infinita. E doce inocência que a permaneça.

A água não sabe ao mesmo. Nem qualquer coisa que ingira.
E eu continuo a rir-me. A rir-me com lágrimas invisíveis pela minha gentil face.

Mas que doçura de menina. Riqueza de jovem. Tão enérgica, inteligente e capaz.
Oh, mas que ironia.

Ironia viva e permanente.
E tu cantas, e eu canto.
E tu continuas a cantar e eu fico sem voz.
Cego-me pela tua luz, e fico imóvel. Oh mas que ironia, será que a doce menina morreu pela luz?
Oh mas que doce destino.

Intriga existencial deverá permanecer em ti.
Mas nada te contarei.
Pois por mais que revelarei,nunca me conhecerás de verdade. Ninguém o faz, nem mesmo tu.
Doce doce ironia, cuidado, não queiras afectar tão iluminada criatura.
Deixemos a verdadeira luz brilhar, e os meus pequenos raios se apagarem.

Mas que doce doce ironia.
Menina pequenina,que doce e iluminada morte tiveste.


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