domingo, 22 de junho de 2014

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Não sei porque me levanto.
Não sei.
Sinto os dias correrem-me pelas veias, lentamente. Como se droga se tratasse.
Não sei. Não sei porque motivo ainda me levanto dia após dia.
Chegou a ponto que eu verdadeiramente quero largar tudo e desaparecer. Sem dar justificações a ninguém.
Esforço-me. Esforço-me tanto... esgadanho-me até. Embaraço-me a mim mesma. Mas sinto-me pálida.
Pálida de espírito, de mente, de corpo.
Sinto-te a fugir pela superfície de meus dedos. Aliás, sinto que verdadeiramente não tenho ninguém.
Odeio o quanto me esforço. Odeio o quanto sorrio, as piadas que digo. Odeio o quanto me esforço para me aceitarem, quando no fim todos desaparecem, como de fumo se tratasse.
Odeio o quanto ainda penso em ti. Odeio que todos os dias pense em ti e faça isso minha força.
Sinto a raiva a levar o melhor de mim, e sinto meu sangue a congelar.
Quero ser fria também para ti.  Afinal de contas ninguém beneficia de minha companhia.
Mas não consigo fazê-lo. Não consigo esquecer. Não consigo libertar malditos pensamentos.
E odeio-me por isso.
Odeio o quanto necessito de ti e nem tu fazes ideia.
Sinceramente, gostaria de desaparecer apenas para saber que ficarias bem, e que não teria de depender mais de ti.