segunda-feira, 18 de março de 2013

Just hard to say goodbye...

Estou deprimida. Sem fôlego. Ausente de esperança. 
O céu vai escurecendo à medida que eu, Misaki Mei, vou calcando o atrito que conduz ao meu destino - a minha casa.
À medida que vou caminhando sinto uma pressão em mim tão outrora conhecida, e sem me questionar penso "como seria bom ter um fim nisto".
Lentamente penso como seria sentir o ar a fugir dos pulmões. A ausência de consciência. De dor. De futuro próximo. 
Subitamente, sinto um calor ondulante e oval a deslizar-me pela cara. Tudo o que tinha até então guardado borbulha pela minha garganta fora e brutalmente grito. 
Sinto o vento cortar-me a cara. As lágrimas a blindarem-me a visão. O ar a não chegar a devido tempo aos meus pulmões. O meu coração a mil à hora. 
Tenho medo. Mas sinto-me viva.
O medo é o que me faz sentir viva. Viva a morrer.
Uma pedra animadamente rouba-me o equilíbrio e faz-me estatelar no chão. 
Sinto-me cansada. Exausta aliás. Emocionalmente e fisicamente. É então que sinto o peso do cansaço rodear-me amavelmente e fecho os olhos. Fecho os olhos para algo turbulento e animalesco, tão melhor ou quanto pior a minha realidade inquestionável.
Mas nada interessa.
Estava desmaiada. Desaparecida do meu mundo vulgar.
O ar oscilante dos meus pulmões e as contínuas lágrimas que desciam pelo meu rosto revelavam a minha ansiedade. Até mesmo no sono ela revela-se...
Adeus mundo.
Adeus realidade.
Adeus. 
Misaki Mei.