segunda-feira, 10 de março de 2014

Depressing shit 1#

Não costumo postar coisas tão pessoais (*cof cof* tristes) como esta, mas.... yolo.
Se te emocionas facilmente ou não queres ver um testamento depressivo e emocional, recomendo-te a não ler.

My last tear.

Por entre sussuros e beijos calados, o teu nome ecoa.
A tua alma acarícia-me, selando-me os lábios.
Sinto o cabelo a esvoaçar e escuto compasso acelarado.
Rio-me encantada. Dolorosamente encantada.
Pequena bela adormecida, oh que bela picada....
Cuidado princesa, pois bem pode ser facada.
Selo meus lábios, fecho portões.
Por aqui não entrarás - digo, estilhaçando-me.
E ele pergunta-me: -" Está tudo bem?"
Sorrio. Sorrio dolorosamente encantada.
-Faz-lo. - digo.
Ele cora e sinto respiração acelarada.
-Não sei porque hesitas - digo corada.
Pensamentos ousados partilham-se, enquanto almas se tocam.
-Cuidado -aviso
-Não queiras cair demasiado.
Sorrio divertida. Dolorosamente divertida. Dolorosamente encantada.
-Uma dama nunca deve ser demasiado apreciada.
Minha pele embate em sua face em pronunciação de dor.
-Não - digo.
Lágrimas escorrem-me pela face, e ele olha-me desconsolado.
-Desculpa fofo. Nem tudo é "hopes and dreams". É mais... "darkness and psychological shit".
Ele fixa-se em mim.
- O que queres dizer? - pergunta.
-Adeus. -susurro.
Decido oferecer o meu melhor sorriso e virar costas.
De repente sinto-o. Sinto o ar fugir-me dos pulmões. Choro.
Choro tanto que me mata, dilecera. Odeio-me com paixão nata.
Odeio sentir. Odeio dar-me a conhecer.
Rio-me através de lágrimas:
-Afinal parece que estou mesmo fudida por dentro.
Estou a rir-me e a sentir o ódio queimando-me.
Embato contra o espelho em frente e a música ecoa pelas paredes, "what's the matter? What's the matter with you lately?"
Rio-me histericamente mal sendo capaz pelo ardor:
-uau, Milo Green agora..
Arranho meu corpo, desejando que a dor me abandone, mas cada poro de minha epiderme queima como chamas no inferno.
Após duas horas, as lágrimas secam.
Ainda quero chorar,gritar,espernear,esgadanhar. Ainda quero dizer-te o quanto te odeio, assim como vice-versa.
Quero chorar. Oh se quero... Mas não há mais nada para chorar.
Não há bonitas gotículas salgadas para embelezar triste situação.
Deito-me no chão em posição fetal, como a suplicar por conforto.
-Desculpa.
Uma última lágrima escorre-me pelo lado esquerdo, encontrando por fim o meu lábio inferior.
-Que ironia - Digo.
A verdadeira tristeza vem sempre do lado esquerdo, quente e harmoniosamente transparente.
A dor vem daí.
-Afinal parece que te amo tanto que me mata.
Tento rir ,mas subitamente o meu riso transforma-se num soluço e abraço o meu corpo com tamanha força, que pequenas marcas vermelhas aparecem.
Cansada, fecho os olhos. Mas ainda tenho tenho tempo para tremelicar o suficiente e dizer:
Amo-te. E desculpa por isso.

10/03/2014.

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